quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Das coisas que eu me lembro...

Mais ou menos há um ano, numa conversa da noite, um dos meus amigos dizia que eu tinha um grande problema. Segundo ele, eu era uma pessoa sem sal. E agora vocês perguntam "um amigo TEU?". Sim, um amigo meu. E então ele explicou o porquê. Segundo ele, eu era aquela miúda que me podiam fazer trinta por uma linha (inclusive tirarem-me o namorado) e eu ficava na minha, não fazia escândalos, não gritava, não pensava numa forma de me vingar e passados não sei quantos meses até era capaz de falar normalmente para a pessoa em causa (isto dito por ele claro). Nesta altura ele já me tinha "espetado a facada no coração", mal sabia eu o que ainda estava para vir. Ele continuou com a conversa dizendo que, naquele momento, não conseguiria olhar para mim sem ser como amigo, ele dizia-me que eu não tinha aquela pitada de sal, não tinha o meu lado "bitch", que todas as mulheres deveriam ter. O facto de eu não ser uma "bitch" fazia-lhe confusão, ele achava que eu era gira, "uma miúda porreira", mas que não era interessante. Depois daquelas "facadas" todas eu já estava rendida no chão. Quis-me defender, eu não era nenhuma "santa", nem uma sonsa do pior, eu era só eu. É claro que quando me "lixavam" também ficava "maluca", mas depois com o tempo passava-me. Sei lá, eu não escolhia não odiar, simplesmente acontecia e agora por isso era considerada "sem sal". "É uma opinião" foi o que pensei depois de ouvir aquilo tudo.
Horas mais tarde, depois daquela conversa, recebi a mensagem: "Estava aqui a pensar e eu disse-te que eras uma miúda sem sal, mas esqueci-me de te dizer que eras uma miúda doce e a água doce é uma das melhores águas que existem". Dei-me por satisfeita! Não ser "uma cabra" até tem algumas vantagens!

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