sexta-feira, 18 de maio de 2012

Pensamento Longínquo


E eis que chega mais um fim-de-semana, e eu continuo na mesma, ou seja na estaca zero. Semana difícil esta….Sempre a correr, quase sem tempo para respirar. Apenas sobrou tempo para sentir saudades e desesperar com a mágoa interior. Enfim, é o custo de uma vida de sucesso. Se estou feliz? Claro, tudo o que mais queria era ter sucesso, e trabalho diariamente para isso. O reconhecimento demora a chegar, mas ele vem, e a sensação de reconhecerem o teu esforço, o teu valor, é quase a melhor sensação do mundo. Há dias falava com a minha mãe sobre o meu pensamento de “virar costas” ao meu país e partir à procura de algo diferente. Não por não estar feliz, mas porque ambicione mais do que isto, e o nosso país, infelizmente parou, as oportunidades são cada vez mais escassas. E eu não me vejo com 40 anos a fazer o mesmo que faço atualmente. Eu tenho sonhos, muitos deles não passam disso mesmo, sonhos, mas outros, conto um dia torná-los reais. Às vezes em conversa com amigos, ou  apenas conhecidos, a discussão surge, e um dos grandes temas é a emigração. Nesse sentido, como já se pôde verificar, eu sou a favor. Contudo, grande parte dos meus amigos, aqueles que julgo serem verdadeiros, são contra. E os argumentos??? Esses são vários…Uns porque não querem deixar a família, outros porque não sabem viver sem os seus amigos, outros pelas suas relações amorosas, outros porque não querem ter uma vida mecânica do tipo “casa, trabalho, trabalho, casa”. Nenhuma destas situações me aflige. Bem talvez o fato de deixar a minha família, mas um dia isso acaba sempre por acontecer não é? Não vamos passar o resto da nossa vida com os nossos pais, nem vamos partilhar o quarto com os nossos irmãos eternamente. Por isso, algum dia teremos que seguir. E na minha opinião esta é a altura certa. Com isto não quero dizer que não seja difícil, claro que é, mas se é para teres uma vida melhor, se é para fazeres o que gostas, porque não? Sinceramente, eu quero descobrir, quero encontrar, quero experienciar outras culturas. Eu quero ser rica nesse sentido, mais culta, mais sensível, ter mais conhecimento. E isso, não adquirimos na escola, nem na universidade, isso aprendemos em contacto com os outros, com pessoas diferentes, com vidas diferentes. E é mesmo isso que quero para mim. Quanto a deixar a minha vida aqui? Bem, não será fácil deixar a boa vida, deixar os amigos, mas amigos estamos sempre a tempo de fazer novos, não há prazo de validade para se fazer amigos, certo? O risco está em todos os segundos da nossa vida, tanto nos podemos dar bem como mal, seja aqui, seja na China, na Alemanha ou no Brasil. Eu quero um futuro melhor, quero ter perspetivas melhores, quero ter o conforto, e se o meu país neste momento não me dá condições para viver, então eu arrisco, vou para outro lado.

domingo, 13 de maio de 2012

Little Things

Acordei cedo, tomei o pequeno almoço,tomei banho, vesti-me e saí de casa. O dia estava propício para um belo passeio com um bela companhia. E assim foi, senti o calor do sol a brilhar e isso fez-me sentir bem, viva, estava a precisar desse calor. Pelo caminho fui acompanhada de um bela conversa, juntamente com imagens de famílias felizes, crianças a brincar, a abraçar os seus pais. Que cenário bonito. Coisas que ninguém tira, nem a crise, consegue tirar esses laços familiares nem a beleza da natureza. Caminhamos bastante até que decidimos parar, e paramos exactamente num banco que tinha uma história, uma história que até hoje desconhecia. Um banco que continha uns mosaicos com relevo, tudo isto fazia com que não fosse muito confortável para as pessoas se sentarem. O objectivo?Não passar muito tempo lá sentado, obrigando as pessoas a caminharem, apreciando aquele lugar impressionável, de um paz plena, fazendo-nos abstrair completamente de todo o ar citadino. Little things, fazem sentir-nos bem, esquecer por momentos as preocupações, que no dia a seguir voltam. Houve uma altura em que alguém muito sábio me disse "Agarra-te às pequenas coisas, o segredo e a força estão nas pequenas coisas", e essa é a verdade, a vida é feita de pequenas coisas, de pequenos feitos, que dão origem a grandes histórias.

sábado, 12 de maio de 2012

‎"Não precisa ser Príncipe Encantado , só precisa ser Homem de verdade."

E a verdade é mesmo esta, "precisa de ser homem" o difícil é mesmo encontrar. E a busca nessa procura é dura e magoa, mas depois levantamo-nos e continuamos e caímos mais uma vez e erguemo-nos mais uma vez. O porquê não sei, também julgo não ser a pessoa mais indicada para falar sobre isso. Eu sou daqueles que quando amo, amo mesmo, sem arrependimentos, sem erros, sem golpes baixos. Eu dou o corpo ao manifesto por quem amo, e não tenho vergonha disso. Vergonha deveriam ter aqueles que me magoam, que não sabem respeitar sentimentos e que se aproveitam disso para ter um porto seguro. Longe de mim ser perfeita, estou longe de o ser, e sinceramente também não é algo que ambicione, mas uma das minhas maiores características, derivado da educação que tive, é lealdade. Eu sou leal com quem estou, eu respeito, eu sou eu até ao fim, e quando magoa alguém que seja por ser sincera e nunca por menosprezar alguém. Quando estás com alguém estás a cem por cento, entras no comboio e vais até ele parar. Os obstáculos aparecem, assim como as paragens, mas quando amas tu não saltas fora, tu continuas. E digam o que disserem, quem ama,  quem está feliz, não procura ninguém, não troca, não arrisca perder a sua "felicidade" por um pequeno erro. Quem ama não traí, quem traí não pode amar. Eu acredito nisto, e esta ideia e valor vira-se muitas vezes contra mim, principalmente, porque eu não fico com quem trai e nem ajudo a trair. Por isso, "não precisa ser príncipe encantando, só precisa ser homem.".

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Esperemos que venham a Portugal em breve, de preferência à invicta.

Amor incondicional

Há dias, depois de uma grande noite de descontracção, acabei numa conversa com lágrimas. O tema gira sempre à volta do mesmo, grandes paixões e amores impossíveis. E foi o que me levou a pensar, porque é que amar não chega?porque queremos sempre mais?porque não tentamos conciliar as diferenças?A minha mãe costuma dizer-me que actualmente as pessoas não estão dispostas a sacrificar-se, não estão dispostas a abdicar dos seus ideias e do seu espaço e é o que faz com que um casamento de muito amor acabe em ódio. Paixões já tive muitas, amor, amor, aquele que é verdadeiro, só tive um, ou melhor ainda tenho, embora não seja correspondido...A única pessoa que amei até hoje, e que ainda amo de forma incondicional, era o meu melhor amigo, um grande companheiro, mas tinha muitas reticências. Houve alturas em que ignorava todas as diferenças porque achava que aquilo que tinha com ele era muito mais importante do que os seus defeitos. E realmente eu estava a pensar bem, ainda hoje penso assim, na verdade se o problema fossem as nossas grandes diferenças ainda hoje estávamos juntos. O nosso problema, e o motivo que fez com que a nossa história terminasse chama-se "vida profissional". E acredito que este é um dos grandes responsáveis pelo fim de grandes relações. A minha acabou porque nenhum estava disposto a sacrificar a sua carreira para ter o amigo, o companheiro. Tanto eu como ele, acreditamos que o amor pode esperar, mas a nossa carreira não. Hoje não me arrependo da decisão que tomei, porque realmente a minha carreira é importante, mas será mais importante do que ter um grande amor?Realmente não sei, só o tempo dirá, mas uma coisa é certa, já lá vão três anos e até hoje não encontrei ninguém igual a ele, nem voltei a sentir e a partilhar aquilo que realmente tinha com ele. E o amor?Esse ainda aqui está.