sábado, 31 de dezembro de 2022

O balanço...

 Já não me lembro a última vez que fiz um balanço de final de ano aqui, mas este ano fez-me sentido voltar ao antes, às coisas que nunca esqueci e que nos últimos anos tenho descurado. 

2022: Foi um ano difícil, agitado, com muita indecisão e em que me senti imensas vezes perdida e desanimada. Olhando para trás, não me lembro de ter tido algum ano parecido com este. 

Comecei o ano com metas definidas, sendo que uma delas seria fazer os caminhos. Em abril, eu e a minha S. partimos para a aventura. No dia anterior chorei, a ansiedade estava a tirar a melhor de mim, pensei em desistir, pensei que não queria ir e pensei que raio de ideia me tinha passado pela cabeça. Olhando para trás vejo que o medo estava a dominar a minha vida. Ainda assim não desisti e fui, os primeiros dias foram difíceis, as duas primeiras noites quase não dormi. A situação piorou quando tive uma grande crise de alergia que me deixou praticamente 2 dias com dificuldade em respirar. Não desisti e segui em frente. O caminho faz-se caminhando, e foi assim que os dias começaram a melhorar, eu comecei a conseguir dormir, fiquei melhor das alergias e nos últimos dias deixou de chover. Deixamos de sentir dores e as preocupações deram lugar a grandes conversas, a partilhas genuínas e a uma força que nunca mais nos deixou pensar em desistir. E de repente cheguei ao destino e só queria voltar ao início para fazer o caminho outra vez.

Depois do caminho passei por uma série de "chatices", olhando para trás só consigo ver que o caminho me deu a força para conseguir lidar com o que veio. O pior de tudo foi ter perdido a minha Kira! Morro de saudades dela, faz-me falta todos os dias e é inevitável estar sempre a pensar nela. Aquela gatinha mudou a minha vida para sempre e eu vou sentir falta dela todos os dias da minha vida. 

Este foi ainda um ano de indecisões, de vontade de ir mas de ter que ficar. Abdiquei de muitas coisas mas fiquei mais próxima de conseguir outras, de me resolver, de ser livre...

Mantive-me fiel a alguns dos meus objetivos, não descurei os meus treinos, meditei muito mais do que nos anos anteriores, dediquei-me aos bolos e enchi-me de orgulho com eles, tentei aproveitar mais a vida, fui uns dias para fora com as minhas amigas, não desisti do reiki, passei o meu aniversário fora, e acima de tudo fui feliz! Mesmo não tendo conseguido ter muita paz, fui feliz e cresci, a isso chama-se viver.

Salto para o novo ano ainda com algumas coisas pendentes mas que conto resolver entretanto. Por isso, 2023 vamos a isso?

terça-feira, 1 de novembro de 2022

Sou uma miúda certinha...

E a maioria das vezes gostava de não ser. Gostava de me esquecer que existe rotina, de não pensar em contas, de fazer o que me apetece, ir onde quero e quando quero. Gostava de bater o pé, dizer que não, ir só onde me apetece e estar só com quem quero. Gostava de virar o lugar do avesso, dizer tudo o que penso e não me importar com o julgamento. Gostava de mandar pessoas à merda!

Não sou assim, custa-me sair da linha, custa-me dizer o que penso, custa-me dizer às pessoas que não tenho paciência para as ouvir e que estou farta delas. Custa-me demasiado e não é suposto. É suposto sermos livres, não nos preocuparmos, vivermos sem medos, arriscar e ser felizes. Na teoria sei isto tudo, já na prática... 

Devia arriscar mais! Devia mudar de vida! Devia deixar-me de merdas....talvez um dia!

segunda-feira, 17 de outubro de 2022

Problemas...


Problemas. Toda gente tem problemas, uns pequeninos, uns grandes, uns que somos nós que criamos e outros com os quais não sabemos lidar. Hoje dei por mim a pensar que tenho uma capacidade gigante em sofrer por antecipação. Que é como quem diz, viver aquilo que ainda não aconteceu, e nem sei se vai acontecer, mas toda a minha imaginação leva-me a estar envolvida no melodrama, criando personagens fictícias e a imaginar emoções tristes e dramáticas. Todo um enredo digno de um óscar. Mas hoje foi diferente, do nada fez-se luz! A minha mente acalmou, e o lado racional que há em mim (e que raramente aparece, coitado, vive em sofrimento por eu nunca o ouvir) lembrou-me que ao sofrer por algo que ainda não aconteceu só estou a perder tempo...tempo de sonhar, tempo de me divertir, tempo de viver a vida como ela merece ser vivida. Por isso, que se lixem as preocupações, os dramas, as coisas tristes, as chatices, as pessoas más, que se lixe tudo. Se há coisa que aprendi é que nada dura para sempre, por isso, é deixar rolar, a caravana seguir e novas aventuras irão surgir. Está tudo dito!

domingo, 16 de outubro de 2022

A romântica que há mim!

 Amo este filme! Já vi milhares de vezes, em dias tristes, em dias felizes, em dias assim assim. Hoje vou ver outra vez, nunca me canso de
finais felizes! Sim, sou essa pessoa e cada vez gosto mais de ser assim, é tão bom sonhar, sabiam?

sábado, 15 de outubro de 2022

Mudanças...



 Acho que já todos nós passamos por momentos de mudanças, umas planeadas e outras inesperadas. Sou da opinião que qualquer que seja a mudança é sempre bom, mesmo que nem sempre se veja isso à primeira.

Confesso que não sou uma pessoa que muda constantemente, admito até que tento sempre resistir à mudança, porque é sempre difícil. Aindaa assim reconheço bem a importância de mudar, de arriscar, de viver no desconhecido. De todas as vezes que mudei (ainda que não tenham sido muitas) foi sempre para melhor. Uma das últimas foi despedir-me. Há 3 anos atrás, acabadinha de me casar, e eis que decido sair da empresa em que estava há quase 10 anos. Salário confortável, estava perto de casa, efetiva, tinha tempo para tudo e mais alguma coisa, mas...não estava realizada, e pior do que isso, sentia que o meu trabalho nunca fora reconhecido. Acho que foi esse sentimento que fez com que eu, numa tarde banal de trabalho decide-se, sem pensar muito na coisa, entregar a minha carta de despedimento. Foi uma decisão com o coração, nada racional, e posso dizer-vos que vim o caminho para casa todo a pensar: "Estou completamente maluca, o que vou fazer agora?". Depois fiquei dois meses à procura de trabalho, na minha área e na área em que tinha experiência, nada apareceu. Na minha cabeça tinha um prazo, não podia começar o início do ano sem trabalho, então fui trabalhar naquilo que apareceu, uma fábrica. Foi duro, chorei muito porque era uma realidade que desconhecia, mas como em tudo na minha vida, fui à luta e duas semanas depois aparecia outro trabalho melhor. Assim como que por magia a minha vida resolveu-se! É por isso que, ainda com medo, gosto da mudança, porque é com a mudança que crescemos, que aprendemos e que rejuvenescemos. Mudar de trabalho, mudar de casa, mudar de visual, mudar a nossa casa, mudar a nossa vida, mudar! Em todas as mudanças aprendemos e é para isso que aqui estamos, para aprender, aprender a viver, a olhar com olhos de ver, a valorizar, a respirar e a amar. Hoje mudei! E doeu-me! Mas mudei!
 

sábado, 24 de setembro de 2022

Pessoas!

Ontem ao conduzir tive mais um dos meus devaneios (ultimamente têm sido bastante frequentes para estes lados) é engraçado como catalogamos as pessoas pelas atitudes que têm para connosco, por exemplo, uma pessoa que nos mente uma vez passa a ser uma mentirosa, já uma pessoa que nos ajuda uma vez passa a ser para sempre uma pessoa generosa. O que de fato nem sempre é assim porque todos nós temos os nossos momentos, momentos de boa pessoa e de má pessoa, chamemos-lhes assim. Nós agimos sempre de acordo com o nosso estado de espírito, a fase em que nos encontramos, ou como os mais novos dizem "na mood" em que estamos. Por isso acho que muitas vezes sou injusta com algumas pessoas, fazendo juízos de valores precipitados e pejorativos a maior parte das vezes. Se pensarmos bem apenas as pessoas que convivem connosco diariamente, e com isto estou a referir-me a pessoas que vivem connosco, é que nos conhecem realmente, são essas pessoas que conhecem o melhor e o pior de nós e mesmo assim continuam lá, porque gostam verdadeiramente do nosso ser. 

De fato somos 100 % responsáveis pelas atitudes que temos, mas quem nunca teve um dia mau? Quem nunca foi antipático uma vez na vida? Ou preguiçoso? Tenho a plena consciência que já fui um pouco de tudo e continuo a ser. O segredo será aprender a controlar as atitudes que temos? Ou será
não definir a pessoa apenas por uma atitude?